Thursday, November 22, 2007

Infográfico sobre ataques de abelhas

Ontem discutimos sobre isso e hoje a zerohora.com publicou nessa matéria uma animação sobre como o veneno de abelhas pode causar a morte de um ser humano.

Sunday, November 18, 2007

Situação de freqüências da turma da manhã

Os alunos que não estiverem em nenhuma das listas abaixo ainda podem ter uma falta.

ALUNOS QUE PODEM TER MEIA PRESENÇA

Alana Ferrari
Leonardo Porzio
Luciana Birck
Mariana Martinez
Tomas Rodrigues

ALUNOS QUE NÃO PODEM MAIS FALTAR

Alice Fossa
Daniel Silva
Fabiane Bento
Jonatas Costa
Rafaella Fraga
Rodrigo Borba

ALUNOS EM RISCO DE RODAR POR FALTAS

Aline Schimit
Amanda de Souza
Anelise Caldini
Daniel Sallenave
Fernanda Pandolfi
Flávia Ferreira
Karoline Bernardo
Taiane Fagundes
Thais Trapp

Situação de freqüências da turma da noite

Os alunos que tinham direito a meia falta agora podem ter uma falta inteira. Os que não estão em nenhuma das listas podem ter uma falta. Os outros continuam não podendo faltar.

ALUNOS QUE PODIAM TER MEIA FALTA E AGORA PODEM TER UMA INTEIRA

Alice Klein
Aline Menuzzi
Gabriel Cassales
Guilherme Guterres
Leandro Donati
Leonardo Oliveira
Letícia Silva
Manoela de Brito
Mateus Silveira
Maurício Bosquerolli
Renata Moreira
Thiago da Silva

ALUNOS QUE NÃO PODEM MAIS FALTAR

Amora Marzulo
Carla Oliveira
Fernando Weigert
Ícaro dos Santos
Kassiana Nardi
Lucas Braz
Rafael Fernandes
Tiago Rech

ALUNOS EM RISCO DE RODAR POR FALTAS

Juliana Camargo
Rafaela Melz
Sandro Neto

Friday, November 9, 2007

Trabalho final!

O trabalho final é um artigo de no mínimo três páginas sobre algum aspecto de qualquer tema tratado durante o semestre. O artigo deve seguir as regras da ABNT. A bibliografia e a capa não contam como página do trabalho. Lembramos que um trabalho científico precisa ter introdução, argumentação e, principalmente, uma conclusão, ainda que essas seções não estejam divididas por subtítulos.

As datas de entrega são:

Turma da manhã - 30 de novembro, até 11:30
Turma da Noite - 5 de dezembro, até 22:00

Só serão aceitos trabalhos IMPRESSOS e entregues dentro do limite de horário estabelecido.

Alguns links onde vocês podem encontrar bibliografia, além da biblioteca:

del.icio.us/trasel
Trasel.org
Limc
Google Acadêmico
Revista da Famecos
Teses e dissertações da Famecos

Qualquer dúvida, entrem em contato por e-mail ou pessoalmente com um dos professores.

Friday, September 14, 2007

Pasta com Livros - 488 xerox do prédio 8

Pessoal, tem uma pasta no xerox do prédio 8 com alguns livros. Nem todos são destinados pra vocês na cadeira, muitos livros tão ali pros orientandos de monografia de Publicidade, mas vale como um ponto pra procurar alguns dos livros que falamos na aula e não estão na Biblioteca. Entonces, pasta 488 do Xerox.

Wednesday, September 12, 2007

Grupos da noite

JORNALISMO ONLINE (Já foi)

Júlia
Taynah
Leandro
Juliano
Bruna Martins

CIBERCULTURA (Já foi)

Jamille
Pamilli
Raquel
Helena
Fernando

CONVERGÊNCIA (26/9)

Sandro
Tiago
Maurício
Rafael
Gabriel
(Paula?)

WEB 2.0 (10/10)

Ícaro
Felipe
Leonardo
Luiza
Tiago
Carla

BLOGS E PRIVACIDADE (24/10)

Kassiana
Vladmir
Juliana
Letícia

BLOGS
Janaína Azevedo
Priscila Pasko
Renata
Richard

JORNALISMO PARTICIPATIVO (07/11)

Stefano Hildebrandt
Manuela Maia
Marcio Meneghini
Rafaela Melz

INTERATIVIDADE (21/11)

Grupo A
Amora Marzulo
Adriana Agüero
Paula Letícia
Tatiana Mocelin

Grupo B
Aline
Angela
Juliana C.
Lucas
Mateus

Coordenador de Políticas Digitais defende estrutura pública de banda larga para o Brasil

O coordenador de Políticas Digitais do Ministério da Cultura, Cláudio Prado, vem organizando e desorganizando a cultura brasileira há algumas décadas. É um agitador que em 2003 começou a "hackear" o governo federal, desenvolvendo um trabalho de aproximação entre o mundo digital e a cultura, rompendo pontes analógicas e ampliando os diques de visão.

Nesta conversa/podcast com a Agência Brasil, Prado fala sobre o lançamento da segunda etapa do programa de cultura digital do Ministério da Cultura, a partir de Piraí, cidade fluminense que se bandalargou para o mundo. No coração dessa política, está a defesa de uma estrutura pública de conexão rápida à internet, por meio da banda larga. Leia e ouça o que ele diz.

Por que banda larga?

"A banda larga viabiliza a diversidade, as minorias, as questões culturais que estão em extinção, as espécies culturais que estão em extinção. Essa revitalização, esse renascimento dessas possibilidades se dá através da banda larga. O centro do mundo deixa de ser geográfico. Você passa a estar no centro do mundo se estiver plugado e usar de forma plena a interatividade que isso te possibilita. O cyberespaço é um território realmente democrático e novo onde a informação, a oxigenação, a percepção, as novas questões, podem lhe ser oferecidas ali onde você está. Essa é a compreensão que nós temos da possibilidade cultural da banda larga."

A banda larga e a cultura

"Banda larga é essencial, na realidade, para a cultura, mais do que para qualquer outra coisa, porque outras coisas podem trafegar em banda menores. É só a cultura que tem caminhões pesados do ponto de vista de bits e bytes, porque a cultura trafega audiovisual que precisa de banda, trafega imagem, música, estas são as grandes demandas de largueza da banda."

A banda larga e a diversidade cultural
"O que impede a diversidade de existir é a divulgação, a difusão, a circulação, a distribuição da informação cultural. Os processos analógicos viabilizaram processos de distribuição que são gargalos da diversidade.

Vou dar um exemplo: uma música se transforma num CD, antigamente era um LP e depois virou um CD, mas um objeto que vai de caminhão para uma loja, que vai de caminhão para onde você chega. Isso inviabilizou que alguém em Xapuri, que tivesse interessado em uma música extremamente sofisticada, ele não tinha como, porque não tinha como o LP ou o CD dessa música mais elaborada, essa música minoritária, chegasse lá porque esse objeto ia ficar encalhado na loja de CD lá do pedaço. Não tinha como, na verdade, distribuir minorias.

É semelhante com qualquer outra minoria e conseqüentemente a soma das minorias é o que cria a fantástica possibilidade de existir diversidade. Então existe uma coisa prática na questão da diversidade que estava condenando as minorias a não existirem e a diversidade a ser uma espécie em extinção.

Com a banda larga isso se inverte. Nenhuma coisa desaparece mais. Por exemplo: o livro print on demand [impresso sob demanda], a nova tendência do livro, a máquina que faz livros, acabou com o livro esgotado. O livro esgotado é o fim da diversidade. Livros em que só poucas pessoas estão interessadas, idéias muito elaboradas, sofisticadas, podem continuar existindo. Acabou o livro esgotado. Isso é um belo exemplo de como o digital pode construir uma nova realidade em relação à diversidade."

A banda larga e a cidadania
"O impacto sobre a economia da cultura é brutal. Mas ele é muito maior se a gente prestar atenção na questão da auto-estima do cidadão brasileiro, se a gente prestar atenção na inclusão de forma muito ampla e genérica - não é inclusão digital, não, é inclusão do ser humano na possibilidade de ser cidadão que a banda larga traz. Esse fenômeno cultural nos interessa para além da questão das coisas específicas de produtos culturais que possam estar impactando a economia da cultura. A economia da cidadania é que vai ser catapultada a graus extremamente elaborados e sofisticados para uma política pública de banda larga."

A banda larga e o governo federal

"Há quatro anos, quando a gente começou a trabalhar nessa direção, dentro do Ministério da Cultura e do governo em geral, ninguém falava dessa questão. Ninguém tocava nesse assunto. Software livre, por exemplo, a quantidade de gente que não tinha a menor noção do software livre, como o software livre poderia impactar na direção da autonomia, da identidade, das questões também ligadas à diversidade. Banda larga era quase uma metáfora muito distante.

Hoje essa discussão chegou ao Palácio do Planalto, à centralidade do governo. Estamos andando na velocidade digital. Em quatro anos, a diferença é brutal. Eu acho que estrategicamente, para qualquer país, mas sobretudo para o Brasil, que tem distâncias inacreditáveis, a montagem de uma infra-estrutura pública de banda larga no país todo é a única coisa que pode dar liga a uma compreensão política, social e cultural muito mais ampla de processos de mudança e de processos de avanço políticos, sociais e culturais."

(Da Agência Brasil)

Inclusão digital por quem a faz

O blog Mobilidade em Educação é feito por um pesquisador brasileiro que está estudando e testando diversos protótipos de laptops baratos, que o governo brasileiro pretende oferecer aos alunos da rede pública. Há várias análises de computadores e notícias sobre o tema, além de comentários gerais sobre o uso de tecnologia na educação.

Wednesday, September 5, 2007

Entrevista com Andrew Keen

Folha de S. Paulo
São Paulo, segunda-feira, 30 de julho de 2007

Ataque à blogosfera



http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq3007200707.htm

"Anticristo" entre os blogueiros, historiador britânico Andrew Keen diz em livro que a internet está matando a cultura e critica sites como YouTube e Wikipedia

MARCO AURÉLIO CANÔNICO

DA REPORTAGEM LOCAL

George Orwell não entendeu o futuro. Em seu clássico "1984", o escritor temia pelo desaparecimento do direito à expressão individual, mas, no atual mundo da internet, o verdadeiro horror é justamente o oposto: a abundância de autores e de opiniões.

O raciocínio é do historiador britânico Andrew Keen, 46, ex-professor das universidades de Massachusetts e Berkeley (EUA) e um dos pioneiros do Vale do Silício, que na primeira onda da internet fundou o site de música Audiocafe.com.

Keen tornou-se um dos líderes da crítica à internet graças a seu livro "The Cult of the Amateur: How Today's Internet Is Killing Our Culture" (o culto ao amador: como a internet de hoje está matando nossa cultura), recém-lançado no exterior e ainda sem edição no Brasil. Sua cruzada não é contra a tecnologia em si, mas contra a revolução da segunda geração da internet, a web 2.0, baseada na interatividade e no conteúdo gerado pelos usuários, cujos marcos são os blogs e sites como o YouTube e a Wikipedia -que, segundo Keen, estão gerando "menos cultura, menos notícias confiáveis e um caos de informações inúteis". Graças ao livro, Keen tornou-se uma espécie de anticristo entre os blogueiros, sendo chamado desde "prostituta das grandes corporações" até "um mastodonte rosnando contra os ventos da mudança".

Em entrevista à Folha por telefone, ele explicou suas idéias e por que, mesmo com toda sua crítica, tem um blog.

FOLHA - O sr. fala em "darwinismo digital" para descrever o funcionamento dos blogs.
ANDREW KEEN - Sim, é a sobrevivência do mais adaptado, o que, no caso dos blogs, significa os que escrevem mais. A blogosfera é muito competitiva e masculina, é um jogo em que, para você ganhar, alguém tem que perder. Não é lugar para conversas ponderadas.

FOLHA - O sr. também vê um resquício da cultura hippie na web 2.0?
KEEN - Há um legado hippie na filosofia libertária da blogosfera, no desprezo à autoridade, à mídia tradicional. Acho que a autoridade do Estado, da mídia, são coisas que devemos prezar, porque têm valores significantes que, se minados, criariam a anarquia. A rejeição da autoridade vista nos blogs não é progressista, é anarquista.

FOLHA - Mas o sr. é contra experiências como o Creative Commons [sistema de licenciamento de obras artísticas pela internet]?
KEEN - Acho que é um movimento que inclui moderados e radicais. Eu o respeito, mas temo que ele esteja desvalorizando a credibilidade da propriedade intelectual. Acho que a idéia funciona quando você é um sofisticado professor de direito como Larry Lessig [criador do Creative Commons], mas me preocupa que as pessoas se apóiem em um conceito como o que ele criou para roubar idéias alheias, me inquieta essa permissividade geral em relação aos direitos autorais, em especial entre os jovens.

FOLHA - É isso que causa o que o sr. chama de "assalto à economia"?
KEEN - Talvez eu tenha estabelecido, no livro, muita causalidade entre a ascensão da nova mídia e o declínio da tradicional. As novas mídias são uma das causas do declínio, mas a indústria de música, os estúdios de Hollywood, os grandes jornais e TVs têm outros problemas. Dito isso, acho que deveríamos prezar pela existência de mídia tradicional.

FOLHA - Mas não é apenas a falta de adaptação às novas tecnologias que prejudica a mídia tradicional?

KEEN - Não me oponho à tecnologia, entendo que ela sempre muda tudo e que temos que mudar com ela. Mas nem todo avanço tecnológico é bom e, em algumas circunstâncias, pode ser bom gerenciar ou conter as mudanças tecnológicas, se elas minam a sociedade. A Escola de Frankfurt se mostrou correta, emburrecemos nossa cultura e me preocupa que a internet continue fazendo isso, acabando com nossa vitalidade cívica e com a economia do entretenimento e da informação.

FOLHA - Por que a "democratização da internet" é falaciosa?
KEEN - Porque há novos oligopólios anônimos na rede, nos jogos on-line, nos pequenos grupos de ativistas que editam a Wikipedia, nos poucos blogueiros que dominam a maior parte dos acessos entre os 70 milhões de blogs. Não vejo como a web 2.0 está democratizando a mídia, acho que acontece o oposto: a mídia tradicional fornece informação de qualidade acessível às massas e não acho que a segunda geração da web esteja reproduzindo isso.

FOLHA - O fato de o sr. ter um blog não é paradoxal?
KEEN - Tenho blog para vender o livro e construir minha marca. A internet é uma grande plataforma de marketing, mas é preciso ter algo por trás. Meu livro não defende que as pessoas não tenham blogs, apenas que não finjam que são substitutos da mídia tradicional ou representantes de fontes de informação confiáveis sobre o mundo. Como as pessoas saberiam da crise aérea brasileira, por exemplo, sem jornalistas profissionais? Iam ter de se basear em blogueiros, que podem ser representantes das companhias aéreas ou do governo?

O PAPEL DAS ELITES

+ Mídia
O PAPEL DAS ELITES

Folha de S. Paulo - Mais!
São Paulo, domingo, 25 de março de 2007

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs2503200711.htm



Pioneiro na informação on-line, Robert Cauthorn diz que barateamento da banda larga e telas portáteis de alta qualidade modificarão
profundamente os jornais impressos, que em breve deverão sair apenas nos fins de semana



LAURE BELOT PASCALE SANTI



Para o jornalista americano Robert Cauthorn, pioneiro da informação on-line, a revolução digital nos meios de comunicação promete
aposentar o jornalismo diário em papel em apenas uma geração. Segundo o responsável pela adaptação à web de jornais como o "San
Francisco Chronicle", premiado pela Newspaper Association of America como "pioneiro digital", a geração nascida com internet prescinde de
folhear as páginas impressas do jornal. A mudança é só uma questão de os preços do "papel eletrônico" e das conexões sem fio chegarem a um nível acessível, disse ele na entrevista abaixo, dada ao "Le Monde".



PERGUNTA - O "Yantai Daily", na China, e o "Les Echos", na França, estão fazendo experimentos com jornais que podem ser lidos numa
simples folha eletrônica. Quando os jornais existirão apenas em formato digital?

ROBERT CAUTHORN -
A revolução digital já está em curso. A hegemonia será dos suportes eletrônicos, que permitem o acesso a informações constantemente atualizadas. É pouco provável que um adolescente de hoje, integrante da geração dos "digital natives" [nativos digitais], nascidos com internet, leia um jornal diário impresso quando chegar aos 30 anos. Tudo se acelera. Já hoje, meu telefone 3G [de terceira geração] me permite acessar vídeos de 30 imagens por segundo e um grande número de textos, a qualquer momento e em qualquer lugar. Os jornais impressos vão se tornar anacrônicos a partir do momento em que houver ampla disponibilidade de telas de alta qualidade e baixo preço e quando as conexões de banda larga e sem fio se generalizarem. Isso deve acontecer em menos de cinco anos nos EUA.



PERGUNTA - Quer dizer então que o jornal de papel vai desaparecer?

CAUTHORN -
Um livro impresso sempre terá razão de ser, já que pode ser lido várias vezes ao longo de muitos anos. Mas quais serão as vantagens do papel para um jornal? A força do hábito para muitas gerações de leitores e o conforto da leitura em folhas grandes, mais agradável do que a leitura na tela. Mas tudo vai mudar com a chegada, após a generalização da banda larga, da tinta eletrônica e das telas flexíveis. Para produzir um jornal de papel, árvores são cortadas, transportadas, transformadas em celulose e depois em rolos gigantes de papel que são transportados para gráficas. Jornais são impressos, embalados, carregados sobre caminhões e depois descarregados nos pontos-de-venda. Os consumidores os compram, os levam para suas casas e, depois, os jogam no lixo. Eles são recolhidos por caminhões e, na melhor das hipóteses, levados a centros de reciclagem. Tudo isso guarda mais relação com a logística do que com a informação! Para um produto tão imediato quanto um jornal, esse desperdício é obsoleto.



PERGUNTA - Como as organizações de imprensa vão se adaptar?

CAUTHORN -
Os jornais nunca foram precursores, mas o modelo econômico do jornal em papel, que já se encontra sob pressão há dez anos, será
cada vez mais pressionado. Quase todos os jornais dos países desenvolvidos perdem dinheiro entre segunda e quinta-feira e são
lucrativos apenas três dias por semana. O leitor que compra seu jornal sete dias por semana praticamente desapareceu. Doze anos atrás, eu criei para o "San Francisco Chronicle" um dos cinco primeiros sites de informação na internet. Dentro de 12 anos, duvido que os jornais impressos ainda sejam diários. Dentro de cinco a dez anos vão surgir jornais impressos três dias por semana: às sextas e aos sábados e domingos. Paralelamente, eles oferecerão informações na internet ou outras plataformas digitais durante sete dias por semana, 24 horas por dia. O conteúdo desses jornais em papel será mais contextualizado, lembrando o das revistas atuais; os furos ou informações quentes já terão sido dados na versão digital.



PERGUNTA - Que conteúdo os jornais deverão propor?

CAUTHORN -
Hoje os jornais oferecem uma informação generalista. Amanhã, terão que se adaptar aos universos diferentes dos leitores. Estes vão querer uma informação concisa e pertinente, que lhes seja entregue "on demand" [por encomenda]. Assim, os longos artigos narrativos sempre existirão, mas de maneira menos dominante. Hoje mesmo as pessoas já têm a tendência a ler apenas os títulos. Dentro das próprias redações dos jornais, é difícil encontrar pessoas que lêem um jornal inteiro. Essa tendência vai se ampliar.



PERGUNTA - Os jornais se tornarão um produto de consumo amplo?

CAUTHORN -
É claro que não! Uma paisagem feita de informações que respondem apenas à demanda seria deplorável. Entretanto, para serem lidos, os artigos terão que ser ainda mais surpreendentes, em vista da enorme concorrência representada pela profusão de informações disponíveis. Os jornalistas terão que pensar de maneira diferente e se preocupar mais com seu público. Há uma verdadeira revolução por vir. Hoje a maior preocupação dos jornalistas ainda é com os horários de fechamento e com a questão de fazer a informação sair o mais rapidamente possÍvel. O desafio é grande, mas o momento é apaixonante para o jornalismo.



PERGUNTA - Como vão evoluir os blogs ou o jornalismo cidadão e colaborativo? Estamos assistindo ao fim do quarto poder?

CAUTHORN -
Não. Mas ele terá que aceitar compartilhar seu poder. Já hoje, nos EUA, blogueiros privados, que não têm o patrocínio de nenhuma instituição, gozam de tanta notoriedade junto ao público quanto os maiores editorialistas. Até hoje as pessoas que controlavam os jornais eram aquelas que tinham voz de autoridade no debate público. Isso era algo inerente ao equilíbrio de poder entre a imprensa e as instituições. Essa divisão de papéis pertence ao passado. Os blogs nunca vão tomar o lugar do jornalismo, mas vão continuar fazendo parte da paisagem. Quanto ao jornalismo cidadão, vai constituir uma maneira rápida e eficaz de revelar um acontecimento, mas nem por isso tornará obsoleto o jornalismo tradicional. Apesar disso, não creio que esse tipo de jornalismo seja capaz de lançar luz sobre crimes ou temas políticos. Para isso é preciso que se tenha acesso a determinadas fontes, e, sobretudo, é preciso contar com a proteção de uma instituição como um jornal.

Este texto foi publicado no "Le Monde".

Tradução de Clara Allain.

Wednesday, August 8, 2007

Sites para treinar seu texto

Há diversos sites em português em que os alunos de jornalismo podem publicar textos que serão vistos por muita gente e talvez até fazer uma diferença. Além disso, os autores ainda podem contar com os comentários de leitores para melhorar o estilo. Um desses sites é o próprio Blogger, onde está hospedado este blog. Outras ferramentas gratuitas são:

Wordpress.com - Uma das melhores, mais flexíveis e estáveis ferramentas para a criação de blogs existentes na Web.

Overmundo - Publicação participativa voltada para a cultura brasileira.

Wikinews - Site colaborativo baseado no mesmo sistema da Wikipedia.

Centro de Mídia Independente - Agência de notícias alimentada por ativistas de esquerda.

FotoRepórter - Aqui você pode publicar suas fotos. Elas entram na lista da Agência Estado e, se forem vendidas, você ganha uma grana.

Jornal de Debates - Site que propõe discussões em que todos podem participar publicando seus artigos e respondendo aos artigos dos outros.

Seções de portais brasileiros em que você pode publicar notícias:

Minha Notícia

VC Repórter

Eu-Repórter

Tuesday, August 7, 2007

A notícia para a Web

O Eduardo Fernandes, que não é jornalista, mas trabalhou em muitos veículos on e offline, está publicando uma série de artigos sobre as diferenças entre o jornalismo para a Web e para o impresso. No primeiro post, ele diz que os repórteres precisam deixar de lado a expectativa de dar a palavra final sobre qualquer assunto.

Um trecho:

Por isso até não é tão necessário dar a notícia 100% completa e correta. É mais importante:
1. Mostrar onde você pode se informar mais sobre o assunto. (Libere essa fonte. Diga-me como fez pra apurar).
2. Deixar claro que há uma multiplicidade de fontes de informação. (Dê links. Não me prenda neste site, não sou trouxa, sei que o mundo é vasto).
3. Ser transparente e continuar pesquisando ao longo do tempo. E atualizando o texto. (Updates, bug fixes).
4. Criar espaços pra reatualizar e corrigir a informação. (Acompanhar via RSS, por exemplo).
5. Calma. Você ainda pode ser uma "autoridade" num assunto - ou achar que é. Só vai precisar de um SAC.

Grupos MANHÃ

JORNALISMO ONLINE

Grupo A
Rodrigo Borba
Fabrício Lunardi
Leonardo
Jônatas Costa

Grupo B
Gabriela Bizz
Gabriela Pimentel
Luciana Birck
Débora
Tomás

CONVERGÊNCIA

Grupo A
Jomara Cardoso
Pedro Garcia
Chiquinha
Mariana

Grupo B
Alana Ferrari
Karoline Guedes

WEB 2.0

Grupo A
Luana
Milene
Taiane
Anelise
Luciano

Grupo B
Amanda S.
Kellen M.
Eliane F.
Rafaella F.
Juliana Machado

INTERATIVIDADE

Grupo A
Thais Longaray
Juliana Mello
Isabela Alves
Márcia DalMolin
Marcelo

Grupo B
Déborah L.
Renata M.
Luana Brasil

JORNALISMO PARTICIPATIVO

Grupo A
Aline Trindade
Aline Schimit
Flávia Pereira
Fernanda Pandolfi
Thaís Trapp

Grupo B
Ellen Dick
Jéssica Moreno
Rafael Codonho
Alice Nader

Wednesday, August 1, 2007

Teste

1) O primeiro jornal online do Brasil foi o Estado de São Paulo, na rede desde 1995.
( ) Verdadeiro ( ) Falso

2) Na cobertura do Carnaval deste ano em Porto Alegre, a informação publicada pelo jornal Zero Hora sobre o número de títulos da escola de samba Bambas da Orgia era diferente do número colocado no verbete sobre a escola de samba na Wikipedia. Quem estava certo?
( ) Wikipedia ( ) Zero Hora

3) Enciclopédias virtuais como a Wikipedia (http://wikipedia.org) e outros trabalhos coletivos são realizações práticas de idéias antes discutidas por teóricos como Pierre Lévy e Howard Rheigold
( ) Verdadeiro ( ) Falso

4) Neste verão, uma das armas da Brigada Militar na luta contra o crime foi o Google Earth
( ) Verdadeiro ( ) Falso

5) O site de relacionamentos MySpace é de propriedade da empresa News Corp, a mesma das redes de TV Fox News e Fox.
( ) Verdadeiro ( ) Falso

6) Para investigar os atos de vandalismo das torcidas organizadas em Porto Alegre, o jornal Zero Hora e a Brigada Militar utilizaram dados colocados no Orkut.
( ) Verdadeiro ( ) Falso

7) Assim como a TV, o rádio vai mudar de analógico para digital
( ) Verdadeiro ( ) Falso

8) O governo já definiu um padrão para a TV Digital no Brasil.
( ) Verdadeiro ( ) Falso

9) É necessária concessão do governo para colocar “no ar” um site com vídeos, como uma televisão, na Internet
( ) Verdadeiro ( ) Falso

10) Na comparação dos números – com a devida proporção, não absolutos -, os programas lideres de audiência da TV norte-americana hoje contam com menos público que os programas mais vistos de 30 anos atrás.
( ) Verdadeiro ( ) Falso

11) O problema da exclusão digital é exclusivo dos paises pobres
( ) Verdadeiro ( ) Falso

12) Blogs como o Blog do Noblat, de Ricardo Noblat, e Blog do Juca, de Juca Kfouri, são espaços de jornalismo online.
( ) Verdadeiro ( ) Falso

13) Um repórter munido de laptop, câmera digital e cartão WiFi não precisa deixar estádios como Morumbi ou Mineirão para enviar fotos para as redações.
( ) Verdadeiro ( ) Falso

14) Protocolos como o Creative Commons permitem que a pessoa coloque músicas, livros e vídeos com o controle dos Direitos Autorais.
( ) Verdadeiro ( ) Falso

15) Baixar músicas ou programas jornalísticos em áudio da Internet é crime.
( ) Verdadeiro ( ) Falso

16) De acordo com o site Tecnorati.org, um blog nasce a cada segundo.
( ) Verdadeiro ( ) Falso

17) No último verão, a Justiça ordenou que os provedores de acesso impedissem o acesso dos internautas ao site YouTube. A medida controversa foi noticiada inicialmente pela imprensa internacional, depois pelos meios de comunicação do Brasil.
( ) Verdadeiro ( ) Falso

18) No ano passado, comunidades virtuais de torcedores disponibilizaram na Internet transmissões ao vivo dos jogos do Campeonato Brasileiro de forma ilegal.
( ) Verdadeiro ( ) Falso

19) Especialistas e público interessado publicam reportagens em sites jornalísticos na Internet, utilizando recursos com maior grau de interatividade que páginas de jornais tradicionais.
( ) Verdadeiro ( ) Falso

20) As primeiras imagens dos feridos nos ataques norte-americanos ao Iraque, contrariadas pelas redes de TV dos EUA, foram publicadas na Internet no site da rede de TV AlJazeera e replicadas em blogs e outros sites.
( ) Verdadeiro ( ) Falso

Tuesday, July 31, 2007

Cronogramas 2007/2

Noite

1/8 - Introdução
8/8 - Mapa da Mídia Digital
15/8 - Jornalismo Online
22/8 - Jornalismo Online + Apresentação
29/8 - Cibercultura
5/9 - Cibercultura + Apresentação
12/9 - Inclusão Digital + Atividade
19/9 - Convergência
26/9 - Convergência + Apresentação
3/10 - Web 2.0
10/10 - Web 2.0 + Apresentação
17/10 - Blogs e Privacidade
24/10 - Blogs e Privacidade + Apresentação
31/10 - Jornalismo Participativo
7/11 - Jornalismo Participativo + Apresentação
14/11 - Interatividade
21/11 - Interatividade seminário
28/11 - Direitos Autorais + Wireless
5/12 - G1 - encerramento
12/12 - G2

Manhã

3/8 - Mapa da Mídia Digital + Wireless
10/8 - Jornalismo Online
17/8 - Jornalismo Online + Apresentação
24/8 - Cibercultura
31/8 - Inclusão Digital + Atividade
7/9 - FERIADO
14/9 - Convergência
21/9 - Convergência + Apresentação
28/9 - Web 2.0
5/10 - Web 2.0 + Apresentação
12/10 - FERIADO
19/10 - Blogs e Privacidade
26/10 - Jornalismo Participativo
2/11 - FERIADO
9/11 - Jornalismo Participativo + Apresentação
16/11 - Interatividade
23/11 - Interatividade + Atividade
30/11 - G1 - Direitos Autorais + encerramento
7/12 - G2

Thursday, May 31, 2007

Preso um dos maiores spammers do mundo

Nessa quinta-feira, temos um exemplo de como funciona a Justiça para crimes na Internet. Um dos dez maiores spammers do mundo foi preso em Seattle. Detalhe para os crimes cometidos: "fraude, fraude via e-mail, roubo de identidade, lavagem de dinheiro e outros crimes". Apenas "fraude via e-mail" é específico da rede mundial de computadores, os outros todos são tipificações de crimes que já existiam. Roubo de identidade é roubo de identidade, independente da ferramenta usada para cometê-lo. O mesmo vale para formação de quadrilha, fraude, estelionato, lavagem de dinheiro e outros crimes.

Saturday, May 19, 2007

Sobre blogs

Nas últimas semanas, aconteceram dois fatos importantes na blogosfera:

1. O Estadão criou um código de conduta para o debate nos blogs ligados ao portal. É uma tentativa de deixar a troca de idéias um pouco mais civilizada e avisar aos comentaristas que costumam ofender e difamar que poderão sofrer sanções.

2. O Blog americano Engadget está sendo investigado pela SEC (órgão que fiscaliza a bolsa de valores), porque uma informação de que o lançamento do iPhone seria adiado, bem como do novo sistema operacional da Apple. Isso causou uma queda nas ações da empresa durante 6 minutos, até que a informação, recebida de alguém dentro da empresa, fosse corrigida. O problema é que a queda foi de US$ 4 bilhões, o que causou prejuízos a muita gente.

Os dois casos mostram a relevância que os blogs vêm adquirindo no ambiente midiático contemporâneo, para o bem e para o mal. A única coisa certa é que não se pode mais considerá-los apenas um "diarinho pessoal".

Wednesday, April 11, 2007

Manguebit

Para quem quiser saber mais a respeito do movimento Manguebit, aqui tem os dois manifestos escritos pelos iniciadores nos anos 90. Vejam também o site atual.

Thursday, March 29, 2007

Yahoo! adere ao webjornalismo participativo

Depois de quase todos os portais brasileiros abrirem seus canais de webjornalismo participativo, agora é a vez do Yahoo! fazer o mesmo com seu Yahoo! Repórter. Para a cobertura do PAN 2007, qualquer estudante universitário de 18 a 25 anos poderá se credenciar como repórter. Como exigem também carteira de trabalho, é de se imaginar que estejam pensando em pagar aos participantes.

Em tempo: a explicação não fala nada sobre o candidato precisar estar cursando Jornalismo.

Wednesday, March 28, 2007

O PAPEL DAS ELITES

Folha de S. Paulo

Mais!

São Paulo, domingo, 25 de março de 2007

+ Mídia

O papel das elites
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs2503200711.htm

Pioneiro na informação on-line, Robert Cauthorn diz que barateamento
da banda larga e telas portáteis de alta qualidade modificarão
profundamente os jornais impressos, que em breve deverão sair apenas
nos fins de semana

LAURE BELOT PASCALE SANTI

Para o jornalista americano Robert Cauthorn, pioneiro da informação
on-line, a revolução digital nos meios de comunicação promete
aposentar o jornalismo diário em papel em apenas uma geração.
Segundo o responsável pela adaptação à web de jornais como o "San
Francisco Chronicle", premiado pela Newspaper Association of America
como "pioneiro digital", a geração nascida com internet prescinde de
folhear as páginas impressas do jornal.
A mudança é só uma questão de os preços do "papel eletrônico" e das
conexões sem fio chegarem a um nível acessível, disse ele na
entrevista abaixo, dada ao "Le Monde".

PERGUNTA - O "Yantai Daily", na China, e o "Les Echos", na França,
estão fazendo experimentos com jornais que podem ser lidos numa
simples folha eletrônica. Quando os jornais existirão apenas em
formato digital?
ROBERT CAUTHORN - A revolução digital já está em curso. A hegemonia
será dos suportes eletrônicos, que permitem o acesso a informações
constantemente atualizadas.
É pouco provável que um adolescente de hoje, integrante da geração dos
"digital natives" [nativos digitais], nascidos com internet, leia um
jornal diário impresso quando chegar aos 30 anos. Tudo se acelera.
Já hoje, meu telefone 3G [de terceira geração] me permite acessar
vídeos de 30 imagens por segundo e um grande número de textos, a
qualquer momento e em qualquer lugar.
Os jornais impressos vão se tornar anacrônicos a partir do momento em
que houver ampla disponibilidade de telas de alta qualidade e baixo
preço e quando as conexões de banda larga e sem fio se generalizarem.
Isso deve acontecer em menos de cinco anos nos EUA.

PERGUNTA - Quer dizer então que o jornal de papel vai desaparecer?
CAUTHORN - Um livro impresso sempre terá razão de ser, já que pode ser
lido várias vezes ao longo de muitos anos.
Mas quais serão as vantagens do papel para um jornal? A força do
hábito para muitas gerações de leitores e o conforto da leitura em
folhas grandes, mais agradável do que a leitura na tela.
Mas tudo vai mudar com a chegada, após a generalização da banda larga,
da tinta eletrônica e das telas flexíveis.
Para produzir um jornal de papel, árvores são cortadas, transportadas,
transformadas em celulose e depois em rolos gigantes de papel que são
transportados para gráficas.
Jornais são impressos, embalados, carregados sobre caminhões e depois
descarregados nos pontos-de-venda.
Os consumidores os compram, os levam para suas casas e, depois, os
jogam no lixo. Eles são recolhidos por caminhões e, na melhor das
hipóteses, levados a centros de reciclagem.
Tudo isso guarda mais relação com a logística do que com a informação!
Para um produto tão imediato quanto um jornal, esse desperdício é
obsoleto.

PERGUNTA - Como as organizações de imprensa vão se adaptar?
CAUTHORN - Os jornais nunca foram precursores, mas o modelo econômico
do jornal em papel, que já se encontra sob pressão há dez anos, será
cada vez mais pressionado. Quase todos os jornais dos países
desenvolvidos perdem dinheiro entre segunda e quinta-feira e são
lucrativos apenas três dias por semana.
O leitor que compra seu jornal sete dias por semana praticamente
desapareceu. Doze anos atrás, eu criei para o "San Francisco
Chronicle" um dos cinco primeiros sites de informação na internet.
Dentro de 12 anos, duvido que os jornais impressos ainda sejam diários.
Dentro de cinco a dez anos vão surgir jornais impressos três dias por
semana: às sextas e aos sábados e domingos.
Paralelamente, eles oferecerão informações na internet ou outras
plataformas digitais durante sete dias por semana, 24 horas por dia.
O conteúdo desses jornais em papel será mais contextualizado,
lembrando o das revistas atuais; os furos ou informações quentes já
terão sido dados na versão digital.

PERGUNTA - Que conteúdo os jornais deverão propor?
CAUTHORN - Hoje os jornais oferecem uma informação generalista.
Amanhã, terão que se adaptar aos universos diferentes dos leitores.
Estes vão querer uma informação concisa e pertinente, que lhes seja
entregue "on demand" [por encomenda].
Assim, os longos artigos narrativos sempre existirão, mas de maneira
menos dominante.
Hoje mesmo as pessoas já têm a tendência a ler apenas os títulos.
Dentro das próprias redações dos jornais, é difícil encontrar pessoas
que lêem um jornal inteiro. Essa tendência vai se ampliar.

PERGUNTA - Os jornais se tornarão um produto de consumo amplo?
CAUTHORN - É claro que não! Uma paisagem feita de informações que
respondem apenas à demanda seria deplorável.
Entretanto, para serem lidos, os artigos terão que ser ainda mais
surpreendentes, em vista da enorme concorrência representada pela
profusão de informações disponíveis. Os jornalistas terão que pensar
de maneira diferente e se preocupar mais com seu público.
Há uma verdadeira revolução por vir. Hoje a maior preocupação dos
jornalistas ainda é com os horários de fechamento e com a questão de
fazer a informação sair o mais rapidamente possÍvel. O desafio é
grande, mas o momento é apaixonante para o jornalismo.

PERGUNTA - Como vão evoluir os blogs ou o jornalismo cidadão e
colaborativo? Estamos assistindo ao fim do quarto poder?
CAUTHORN - Não. Mas ele terá que aceitar compartilhar seu poder. Já
hoje, nos EUA, blogueiros privados, que não têm o patrocínio de
nenhuma instituição, gozam de tanta notoriedade junto ao público
quanto os maiores editorialistas.
Até hoje as pessoas que controlavam os jornais eram aquelas que tinham
voz de autoridade no debate público. Isso era algo inerente ao
equilíbrio de poder entre a imprensa e as instituições. Essa divisão
de papéis pertence ao passado.
Os blogs nunca vão tomar o lugar do jornalismo, mas vão continuar
fazendo parte da paisagem. Quanto ao jornalismo cidadão, vai
constituir uma maneira rápida e eficaz de revelar um acontecimento,
mas nem por isso tornará obsoleto o jornalismo tradicional.
Apesar disso, não creio que esse tipo de jornalismo seja capaz de
lançar luz sobre crimes ou temas políticos.
Para isso é preciso que se tenha acesso a determinadas fontes, e,
sobretudo, é preciso contar com a proteção de uma instituição como um
jornal.

Este texto foi publicado no "Le Monde". Tradução de Clara Allain.

Saturday, March 17, 2007

Referências

Demorou, mas finalmente estou postando aqui o link para a página onde coleto artigos sobre jornalismo e outros assuntos internéticos.

Já neste outro link vocês encontram o relatório do Project for Excellence in Journalism.

Se alguém tiver dúvidas ou precisar de dicas sobre bibliografia, estou à disposição nos horários de aula.

Wednesday, March 7, 2007

Cronograma Noite

7/3 - Introdução
14/3 - Mapa da Mídia Digital
21/3 - Jornalismo Online
28/3 - Jornalismo Online + Apresentação
4/4 - Cibercultura
11/4 - Cibercultura + Apresentação
18/4 - Inclusão Digital + Atividade
25/4 - Convergência
2/5 - Convergência + Apresentação
9/5 - Web 2.0
16/5 - Web 2.0 + Apresentação
23/5 - Blogs e Privacidade
30/5 - Blogs e Privacidade + Apresentação
6/6 - Jornalismo Participativo
13/6 - Jornalismo Participativo + Apresentação
20/6 - Wireless + Direitos Autorais
27/6 - G1 - Interatividade
4/7 - G2

Thursday, March 1, 2007

Cronograma Manha 2007/1

2/3 - Introdução
9/3 – Mapa da Mídia Digital
16/3 - Jornalismo Online
23/3 – Jornalismo Online + Apresentação
30/3 - Cibercultura
6/4 - FERIADO
13/4 – Cibercultura + Apresentação
20/4 - Inclusão Digital + Atividade
27/4 - Convergência
4/5 - Convergência + Apresentação
11/5 – Web 2.0
18/5 - Web 2.0 + Apresentação
25/5 - Blogs e Privacidade
1/6 - Blogs e Privacidade + Apresentação
8/6 - Jornalismo Participativo
15/6 - Jornalismo Participativo + Apresentação
22/6 – Wireless + Direitos Autorais
29/6 - G1 - Interatividade
6/7 - G2